Capa do Livro
1. Sou acusado de algo que não fiz
A história de como quase
morri:
Em um momento estava
dançando, mas com o outro gole daquela bebida… Não me lembro de mais nada!
Acordei no departamento de polícia, com algo me cheirando, um cachorro… talvez…
estava sob o efeito do alcool ainda.
- Sr. Ethan McMiller, tem ideia do que está sendo
acusado? – perguntou um cara que provavelmente era um delegado, baixo,
corcunda, rosto robusto, óculos enormes, e também meio gordo.
Suas palavras, fez meu
estômago revirar. Acusado?!
- Não, senhor. Será que poderia explicar-me? – pedi.
- Você está sendo acusado de assassinar, Katie Veridle,
na boate Night Spicy, ontem á noite,
por volta das 22:30 pm.
- Não pode ser! Impossível, nem a conheço.
- Mesmo?
- Claro!
- Você não reconhece esse rosto? – ele me mostrou uma
foto, a qual me fez paralisar.
- S-sim, eu a atropelei uns dias atrás, uma acidente,
mas… - minha cabeça doía.
- Sim o senhor a atropelou – ele falou.
- Dias atrás – completei.
- Um acidente?
- Sim, um acidente! Escuta, isso não prova absolutamente
nada! Sou um advogado renomado, por que mataria essa mulher? Além de que não
sou muito de sair, nem farrear, só estava acompanhando uns amigos nesse dia (ontem),
nunca tinha entrado numa casa noturna…
- E decidiu entrar no mesmo dia em que Katie entrou,
coincidência, não acha?
Explodi. Quase estrangulei o delegado, e enfiei seus
óculos goela abaixo.
- Eu não a matei! – gritei – Prove! Fatos verídicos, por
favor!
- Tudo bem, fatos verídicos… Achamos issa no bolso da sua
calça, um canivete, tem sangue nele, e suas impressões digitais, o sangue está sendo
examinado, mas tudo indica ser o sangue da vítima, além de que, testemunhas
viram um homem, a descrição dele bate com a sua, sair correndo do banheiro da
boate, a cena do crime, olhos claros, cabelos castanhos, alto, magricela… O
senhor estava chapado, agia por impulso.
- Não! Tenho plena consciência de que não matei ninguém.
- Relaxe, até a autópsia do corpo e a examinação da faca
terminar, o senhor responderá em regime aberto, pode ir para casa, mas não pode
sair da cidade, é melhor nem tentar.
Da forma que ele falava,
começava a me convencer que eu matara aquela mulher. Não! Não poderia ser.
Forçei-me a lembrar daquela noite. Bebia, bebia muito, nunca tinha feito isso,
passara mal, e fui ao banheiro… banheiro, a cena do crime! Não conseguia
lembrar de nada…
Pegue o meu cartão - disse o delegado.
Lá
estava escrito:
“Delegado Shitolburgs
Telefone: 478.9876”
…
Dirigi á
100 Km/h, não se importava com nada, iria ser preso mesmo, em questão de dias,
por uma coisa que obviamente não fizera, mas tudo apontava contra mim! Cheguei
em casa. Uma mansão, azul e verde, colunas brancas e cortinas de seda cor de
pérola, minha esposa, Fidela McMiller, esperava-me á porta, aos prantos.
- Me contaram tudo! Não é verdade, não é? Por favor diga
que não é verdade – ela soluçava e falava ao mesmo tempo.
- Não matei ninguém! É tudo mentira, não entendo.
- Viram-lhe sair daquele banheiro, o que aconteceu me
conta – seus cabelos ruivos, e olhos azuis marinhos me faziam sentir…
sobrecarregado… essa é a palavra.
- Eu, eu estava bêbado!
- Bêbado? Você nunca foi de beber, meu Deus, você pode
realmente ter matado aquela mulher.
- EU NÃO MATEI NINGUÉM! – soou muito agressivo, muito
mesmo.
Ela chorou e entrou ao hall.
- Desculpe-me, eu-eu não queria ter…olhe eu preciso…
- Descansar! Descanse, durma, pense! – sua voz veio da
cozinha, sua doce e suave voz.
Não tinha escolha, subi as
escadas, entrei no quarto, tirei os sapatos, folguei a gravata e desabei sobre
a cama, pensei… A luz do computador estava longe, na escrivaninha.
Refleti. Não tinha muito
tempo para pensar, seria preso daqui a alguns dias, tinha que descobrir o
verdadeiro assassino, e provar minha inocência.
Mas uma coisa é certa. Alguém armara
contra mim. E a lista de inimigos era enorme, eu sou um advogado, já botei
dezenas de pessoas na cadeia. E poderia ser qualquer um dessas dezenas.Obs.: Ignorem erros de ortografia
#Valeu!! =D Por favor, digam sua opnião, ai embaixo nos comentários...