3. Descobrimos coisas interessantes na Floricultura
da Tia Suzy.
Subimos
juntos as escadas que haviam na calçada, elas levavam ao interior do
estabelecimento, já havia escurecido, apesar de todo o revestimento da
floricultura ser de vidro como uma estufa, o ambiente era esquisito, e escuro.
Tinha cheiro de flores, e também tinham flores, óbvio, das mais variadas,
haviam órquideas, tulipas, flores de lótus, violetas, margaridas, girassóis,
rosas brancas e vermelhas, além de outras que eu não conhecia, haviam plantas
ornamentais desde pequeninos cactos á enormes palmeiras.
No
final, em um patamar mais alto um degrau de onde estavamos pisando viasse um
balcão de madeira, atrás dele havia uma senhora, tinha expressões vazias,
cabelos brancos, olhos verdes, um belo sorriso, nem muito magra nem muito
gorda. Aparentava ter sido muito bela a uns cinquenta anos atrás.
Fomos ao
seu encontro.
- Meu nome é Suzy, em que posso ajudá-los? – ela nos
perguntou.
- Oi Suzy, nós gostariamos de saber de quanto estam
aquelas órquideas azuis? – Fidela disse.
- Órquideas?! – susurrei ao seu ouvido.
- Eu tenho um plano - ela susurrou de volta.
- O ramalhete menor são US$ 52,20 e o ramalhete maior são
US$ 70,20 – ela disse – Vocês vão levar? É uma ótima escolha, são muito
cheirosas, me lembram a praia de Miami, para quem elas são? – ela perguntou.
- Para a minha mãe, ela está muito doente, está internada
– menti.
- Eu sugeriria margaridas, mas as órquideas também são
ótimas – ela disse – O ramalhete menor ou o maior?
- O menor, por favor – disse Fidela.
Suzy
entrou para buscar as fitas para fazer o ramalhete, deixando Fidela e eu
sozinhos.
- Por que você disse para ele que queriamos flores? –
perguntei a Fidela.
- Achei que ela pudesse não querer nos ajudar. Dois
estranhos que parecem mafiosos, á noite, seria estranhos se dissesémos: Ei
vovó, Katie Veridle, aquela que morreu, trabalhava aqui não é? Ela escondia
alguma coisa? Algum estranho veio aqui procurando-a? Você viu algo suspeito?
- Ahn, não
parecemos mafiosos – disse.
- Mesmo? Você está vestindo smoking, gravata, sapatos sociais, e usa óculos escuros, esse
bairro não é rico, não é o tipo de cliente que ela vê todos os dias.
- Têm razão, mas ela não parece ser má pessoa – falei.
- Concordo – Fidela falou baixo, pois Suzy já estava
voltando.
- Aqui está – Suzy disse.
- Obrigado – Fidela disse pagando o ramalhete que havia pegado.
- Mais algo? – Suzy nos perguntou.
- Só mais uma coisa – eu comecei – Katie trabalhava aqui
não é?
- Sim – respondeu – era uma boa moça, foi assassinada, um
dia atrás. Por que a pergunta?
- Nada – disse Fidela intervindo – Nós só queriamos saber
se ela estava agindo estranhamente ultimamente?
- Por que eu devo responder? Quem são vocês?
- Somos investigadores da polícia – Fidela mentiu.
- Isso é sério?
- Sim.
- Bom, ela sempre foi divertida, e a única coisa que
notei foi que ela estava mais divertida nos últimos dias, tratava melhor os
clientes e ria mais.
- Ela lhe disse se estava saindo com alguém? - perguntei
- Sim. Ela sempre sai com rapazes, mas dessa vez não era
um rapaz, ele era um tanto mais velha que ela, pelo que ela me disse – Suzy
disse.
- Você chegou a ver esse homem?
- Não, ele sempre vinha buscá-la depois do seu
expediente, mas não saia do carro, eu achava ele muito tímido, a única coisa
que ele fazia era buzinar quando chegava, uma buzina alta e irritante,
pem-pempem-pem-pem…
- Tudo bem já entendemos – eu imterrompi sua imitação da
buzina.
Só podia
ser ele, tinha que ser ele, ele estava saindo com Katie. Ele disse isso no
e-mail.
- Mais nada? – Fidela perguntou.
- Não.
- E eles se comunicavam só quando saiam ou eles mantinham
contato indireto, pelo telefone? Ou algo parecido? – perguntei.
- Sim, ela tinha um computador, eles se falavam por uma
rede social.
- Você sabe como entrar na página dela nessa rede social,
você tem a senha ou algo parecido?
- Sim, eu tenho.
- Vamos levar o computador precisamos dele para a
investigação – disse Fidela.
- Tudo bem.
- Também vamos precisar que você nos dê a senha dela – eu
completei.
- O.K., vou anotar em um papel.
Quando
ela terminou de escrever em um papel a senha da tal rede social, ela nos o
concedeu.
- Obrigado foi de muita ajuda – Fidela disse.
Quando
já iamos saindo da floricultura, Suzy gritou:
- Vocês não vão levar as órquideas?
Fidela
havia colocado as órquideas em cima do balcão e nem percebera, foi lá e buscou
as flores. Eu a acompanhei.
Para
nossa surpresa quando Fidela pegou o ramalhete, algo caiu… um diário caiu.
- O que é isso? – perguntamos em uníssono.
- Isso é o diário de Katie – Suzy pareceu ofendida – ela
escrevia tudo ai, tudo o que acontecia, era lindo o jeito como ela tratava esse
diário, ninguém podia pegá-lo, o diário era com se fosse sua melhor amiga.
- Vamos precisar levá-lo – eu disse
- Não! – gritou indignada tia Suzy.
- Por que não? – Fidela perguntou.
- Ela me fez prometer que nunca deixaria esse diário cair
em mãos erradas.
- Mas nós precisamos dele.
Iniciou-se
uma breve discussão sobre o diário até que Suzy desistiu.
- Tudo bem vocês podem levá-lo, não tem importância
ela-ela-ela está… morta mesmo – disse Suzy com lágrimas no rosto.
Então,
Fidela e eu, percebemos que aquele diário era a única lembrança que Suzy tinha
de Katie, e que tinha sofrido bastante com a morte dela.
- Nós sentimos muito, e prometemos que traremos o diário
de volta – Fidela disse, parecia chorosa também, afinal sabia como era perder
alguém próximo, havia perdido a mãe no verão passado, minha sogra tinha morrido
em um acidente de carro, e quem estava dirigindo era Fidela, então ela
descarregava toda a culpa para si mesma. Eu sempre a consolava, quando começava
a chorar mas aquela não era boa hora.
Despedimo-nos
de Tia Suzy, saímos da floricultura, e entramos no carro. Levamos o computador,
e o diário de Katie.
- Para onde vamos agora? – Fidela me perguntou.
- Vamos comer alguma coisa, estou faminto, lá iremos
analisar o computador e o diário de Katie – respondi.
Por favor, ignorem erros de ortografia, e espero que gostem... Valeuuu! =D, e deixem suas opniões nos comentarios... o próximo capitulo virá em breve.